sábado, 6 de agosto de 2011

A Reunião

Reunião para Revisão do PDM.
Local: Centro Cultural e Recreativo da M. das Ondas
Dia: 7 de Abril de 2011
Tendo em conta, que, era dia de futebol na TV dos “pobres”- jogava o Benfica com o PSV para a liga Europa e que poderia afastar a população deste encontro, tal, felizmente, não se verificou. O salão estava completamente cheio e quem chegou mais tarde, teve que ficar de pé, porque os lugares sentados já estavam todos ocupados. Significa isto que ainda existem pessoas que se preocupam com coisas sérias, ou que o assunto era suficientemente interessante para uma grande fatia de pessoas da nossa Freguesia?
 Penso que são válidas as duas hipóteses.
Todas as aldeias estavam presentes. As Matas estavam bem representadas. 
 Coube ao Sr. Presidente da Câmara João Ataíde a abertura dos trabalhos.
 Começou por abordar a função do PDM, o porquê dos sucessivos atrasos na sua revisão e as consequências, vantagens e desvantagens inerentes ao mesmo.
Esta, e outras reuniões, que irá ter em todas as Freguesias, inserem-se na chamada Agenda 21 Local e têm por objectivo “ouvir a população” com a finalidade de definir estratégias e linhas orientadoras, assim como, criar o 1º Atlas Ambiental do Concelho.
Ficamos também a saber que a coordenação da revisão do PDM está a ser feita por uma equipa camarária.
 Depois, tomou a palavra o Dr. António Rochete, que, considerou, ser este encontro o verdadeiro “pontapé de saída” para a revisão do PDM. De seguida fez-nos uma radiografia do concelho - falou das condicionantes como a Rede Natura, a Ran, a Ren, as lagoas e o ordenamento da orla costeira, entre outras.
No caso da nossa Freguesia (M. das Ondas), as condicionantes são as supra citadas Ran e Ren, mais os leitos de água e as acessibilidades.
De realçar, que em termos comparativos, a M. das Ondas com 15% é a freguesia do concelho com maior percentagem de jovens da sua população. É uma freguesia onde o número de inscrições no pré-escolar tem vindo a descer, em quantidade de equipamentos e zonas de desporto, está acima da média europeia … que tem falta de, pelo menos, um lar de idosos. Estes dados valem o que valem, e, convém realçar, são de 2002. No entanto, não deixa de ser curioso o fato de nos equipamentos de desporto, esta freguesia estar acima da média europeia!
A finalizar a sua intervenção o Dr. A. Rochete abordou a Matriz de Risco do Município da F. Foz e as componentes do mesmo, das quais destaco a erosão costeira, os incêndios e a falta de um sistema de alerta em caso de “tragédia maior”.
Após estas intervenções, foi dada a possibilidade de a assistência se manifestar, de dizer da sua justiça, das suas preocupações e ambições para a sua Freguesia.
Das várias intervenções destaco:
- O entrave á utilização dos terrenos para construir habitações – um dos aspectos mais criticado do actual PDM.
- A falta de saneamento nalguns lugares.
- A falta de uma Zona Industrial.
- O excesso de lixeiras existentes, tanto legais como ilegais.
- Reclamado novo acesso á Leirosa.
-A utilidade do PDM como “ferramenta facilitadora” aos empresários da construção civil
- A quantidade assustadora de acidentes no troço da IC2, entre a M. das Ondas e o cruzamento da Leirosa.
- A falta de mapas actualizados e o decréscimo nos cuidados de saúde.
Grosso modo, estes foram os temas mais focalizados e extensivos á grande maioria da população.
Cada interveniente merecia um comentário, uma resposta do Presidente da Câmara. Destes comentários/respostas destaco:
- No que toca á utilização dos terrenos para construção o Sr. Presidente, na maior parte dos casos, refugiou-se numa zona de “conforto”, isto é – não se pode construir por causa das Ran`s e Ren´s e que isso não depende da câmara. Não será bem assim, porque, como sabemos, no caso das Matas, Cipreste, Torneira e Serrião Alto na parte destas aldeias que pertence ao concelho da F. Foz não é permitido construir, mas na parte que pertence ao concelho de Pombal, do outro lado da rua/estrada, já é permitido construir. Se os terrenos são iguais, qual a razão para abordagens diferentes?  
Tenho conhecimento, de casos iguais, em localidades também situadas na linha divisória com outros concelhos, nomeadamente Montemor-o-Velho e Cantanhede, onde se passa rigorosamente o mesmo. Não será, por isso, só um caso de RA`s e Ren´s. Será mais uma questão de directivas camarárias, que acabam por interferir com a vida dos munícipes, no caso dos da F. Foz, de uma maneira negativa e que leva alguns a mudarem de concelho. 
Vamos esperar que "os recados" e as preocupações emitido/as nesta reunião, ajudem a tomadas de decisões que vão de encontro ás necessidades das populações desta freguesia.   

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